Sandro Basso 1 X
0 Benedito
No último dia 30
de setembro, foi comemorado o Dia Mundial do Coração. A Secretaria de Saúde de
Corupá espalhou diversos pontos de atendimento em diferentes locais da cidade. Fui
até um desses e fiz um mini Check-Up: medi minha pressão arterial, me pesei,
medi altura, IMC (índice de massa corporal) e medi, também, a minha taxa de
Glicemia. Descobri que: engordei 6 quilos, que tive aumento de um ponto em
minha pressão (13 por 9), que estou com a taxa de açúcar com nível normal e,
para minha surpresa, continuo com a mesma altura da última medição, feita
quando eu contava 18 anos, durante minha apresentação ao serviço militar:
1,85m.
Havia um cartaz
em cada um desses pontos, apontando os principais inimigos do coração. Em todos
eu me enquadrei: vida sedentária, fumante, má alimentação etc. Por indicação
das Agentes Comunitárias, decidi que iria mudar essa situação. Pensei em tomar,
como primeira medida, parar de fumar. Depois, acendi um cigarro e pensei
melhor. E então decidi voltar a praticar alguma atividade física. Desde que eu
cheguei em Corupá, meu único esporte tem sido aborrecer algumas pessoas.
Apurrinhei tanta gente, que ultimamente só me restou aborrecer os amigos. O
Blunk que o diga. Então, por convite de um amigo, fui até o ginásio para uma,
pensava eu, amistosa partida de futebol de salão. Mal tive tempo de me aquecer,
já fui escalado para o time verde. Quando olho para o time adversário, eis que
vejo o seguinte escrete, formado por: Sandro Basso (se lembram dele?), Sargento Macarini, Júlio, Felipe e o menino dos
Bombeiros. Por um instante, fiquei tentado a mudar minha decisão. Parar de
fumar e voltar a praticar esporte para ficar com a aparência saudável como a de
Sandro Basso, Macarini, Júlio, Felipe e o menino dos Bombeiros, não me pareceu
uma boa ideia. Mas já era tarde, e o jogo começou. Na primeira bola que eu
recebi, Sandro Basso veio me marcar. Mal sabia eu que havia permanecido em mim
a lembrança de alguns dribles. Livrei-me facilmente da marcação de Sandro e
seguia para o gol. Mas Sandro não cederia, assim, tão facilmente. Buscou fôlego
e me alcançou. Imagino que tenha lhe passado pela cabeça algumas de minhas
colunas passadas: “O Gato paraquedista”, “Décadence avec élégance”, “A velocidade da
informação”, “Aventureiro em busca de sensacionalismo”, “Esquizofrenia”, “Se ela
dança, eu danço” e outras tantas. Essas lembranças funcionaram como fantasmas
psíquicos a atormentar Sandro Basso. Então, tal qual Misael, Funcionário da
Receita, criado por Manoel Bandeira no poema “Tragédia Brasileira”, Sandro
Basso, “privado de sentidos e inteligência”, agiu como se a partida fosse a
final de uma Copa do Mundo, tamanha vontade com que se empenhou em roubar-me a
bola. Quase que me leva as três. Conseguiu me parar. 1 a zero para Sandro
Basso. Mas o mundo dos esportes não se resume a futebol de salão. Talvez
tenhamos outras oportunidades para mudar esse placar. Sugiro Boxe, MMA (Mix
Marcial Arts) ou Chutebox. Por enquanto, Sandro Basso 1, Benedito 0.
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