sábado, 6 de dezembro de 2014

Sandro Basso 1 X 0 Benedito

No último dia 30 de setembro, foi comemorado o Dia Mundial do Coração. A Secretaria de Saúde de Corupá espalhou diversos pontos de atendimento em diferentes locais da cidade. Fui até um desses e fiz um mini Check-Up: medi minha pressão arterial, me pesei, medi altura, IMC (índice de massa corporal) e medi, também, a minha taxa de Glicemia. Descobri que: engordei 6 quilos, que tive aumento de um ponto em minha pressão (13 por 9), que estou com a taxa de açúcar com nível normal e, para minha surpresa, continuo com a mesma altura da última medição, feita quando eu contava 18 anos, durante minha apresentação ao serviço militar: 1,85m.
Havia um cartaz em cada um desses pontos, apontando os principais inimigos do coração. Em todos eu me enquadrei: vida sedentária, fumante, má alimentação etc. Por indicação das Agentes Comunitárias, decidi que iria mudar essa situação. Pensei em tomar, como primeira medida, parar de fumar. Depois, acendi um cigarro e pensei melhor. E então decidi voltar a praticar alguma atividade física. Desde que eu cheguei em Corupá, meu único esporte tem sido aborrecer algumas pessoas. Apurrinhei tanta gente, que ultimamente só me restou aborrecer os amigos. O Blunk que o diga. Então, por convite de um amigo, fui até o ginásio para uma, pensava eu, amistosa partida de futebol de salão. Mal tive tempo de me aquecer, já fui escalado para o time verde. Quando olho para o time adversário, eis que vejo o seguinte escrete, formado por: Sandro Basso (se lembram dele?), Sargento Macarini, Júlio, Felipe e o menino dos Bombeiros. Por um instante, fiquei tentado a mudar minha decisão. Parar de fumar e voltar a praticar esporte para ficar com a aparência saudável como a de Sandro Basso, Macarini, Júlio, Felipe e o menino dos Bombeiros, não me pareceu uma boa ideia. Mas já era tarde, e o jogo começou. Na primeira bola que eu recebi, Sandro Basso veio me marcar. Mal sabia eu que havia permanecido em mim a lembrança de alguns dribles. Livrei-me facilmente da marcação de Sandro e seguia para o gol. Mas Sandro não cederia, assim, tão facilmente. Buscou fôlego e me alcançou. Imagino que tenha lhe passado pela cabeça algumas de minhas colunas passadas: “O Gato paraquedista”, “Décadence avec élégance”, “A velocidade da informação”, “Aventureiro em busca de sensacionalismo, Esquizofrenia”, Se ela dança, eu danço” e outras tantas. Essas lembranças funcionaram como fantasmas psíquicos a atormentar Sandro Basso. Então, tal qual Misael, Funcionário da Receita, criado por Manoel Bandeira no poema “Tragédia Brasileira”, Sandro Basso, “privado de sentidos e inteligência”, agiu como se a partida fosse a final de uma Copa do Mundo, tamanha vontade com que se empenhou em roubar-me a bola. Quase que me leva as três. Conseguiu me parar. 1 a zero para Sandro Basso. Mas o mundo dos esportes não se resume a futebol de salão. Talvez tenhamos outras oportunidades para mudar esse placar. Sugiro Boxe, MMA (Mix Marcial Arts) ou Chutebox. Por enquanto, Sandro Basso 1, Benedito 0.


Nenhum comentário:

Postar um comentário