sábado, 6 de dezembro de 2014

Os Alquimistas da Lambança

Segundo o site do Terra Saúde, a síndrome de Down é a forma mais freqüente de retardo mental causada por uma aberração cromossômica microscopicamente demonstrável. É caracterizada por uma história natural e aspectos fenotípicos bem definidos. É causada pela ocorrência de três (trissomia) cromossomos 21, na sua totalidade ou de uma porção fundamental dele.
Para o escritor catarinense, radicado em Curitiba, Cristóvão Tezza, pai de Felipe, uma criança portadora da síndrome de Down, ela foi a maneira de "seguir o conselho do oráculo de Delfos: “Conhece-te a ti mesmo”. Com isso, o pai de Felipe diz que encontrou o que há de mais eterno: o amor. E dessa experiência nasceu um dos melhores romances dele: "O Filho Eterno" lançado em 2007 pela Editora Record.
Síndrome de Down, em Corupá, para Celita Paterno, João do PT, Everaldo Mokwa, Sidnei Schwerdtner e Nilton Richter, é motivo de lambança. É incrível a capacidade desse povo em criar, do nada, lambanças. A utopia dos alquimistas, precursores dos modernos cientistas, era transformar ouro a partir de qualquer substância. João do PT, Everaldo Mokwa, Sidnei Schwerdtner e Nilton Richter são os nossos alquimistas. Os alquimistas da lambança. Na sessão da Câmara do último dia 09, foi votada uma lei que cede funcionários da administração municipal para outros órgãos (municipais, estaduais, entidades etc.). Dentre da categoria entidades, foi contemplada a APAE (Associação de Pais e Amigos dos Excepcionais) de Jaraguá do Sul. Celita Paterno é funcionária concursada da Prefeitura no cargo de Professora Especial. Celita passou em primeiro lugar no concurso. Portanto, Celita é, em Corupá, a professora mais indicada para trabalhar com crianças especiais. Entretanto, a despeito disso, os vereadores João do PT, Everaldo Mokwa, Nilton Richter e Sidnei  Schwerdtner, nossos alquimistas da lambança, foram contrários à lei que pretendia que Corupá, altruísticamente, cedesse sua melhor Professora Especial para as especiais crianças da APAE de Jaraguá do Sul. Eu considero a atitude dos vereadores, no mínimo, egoísta. Afinal, existem vários convênios firmados com nossa cidade vizinha. Nada mais justo ceder uma funcionária, mesmo se tratando de uma funcionária que ficou em primeiro lugar no concurso. Acredito que devamos ofertar aquilo que temos de melhor. E o melhor, em termos de Educação Especial, em Corupá, tem nome e sobrenome: Celita do Nascimento Paterno.
Felizmente, a lei foi aprovada. 5 votos a 4. Celita vai trabalhar em Jaraguá do Sul. O altruísmo corupaense triunfou.
Os maoris, povos primitivos da Nova Zelândia, acreditavam que um poder mágico (que eles chamavam de hau) entrava no presente ofertado e criava um vínculo permanente entre quem o dava e quem o recebia. Então, que o hau entre em Celita Paterno, que é o nosso presente, e nos una fraternalmente a Jaraguá. Depois, é só manter o ritmo, e continuar doando o que temos de melhor: Machadinho, Diana Seidel, Rosane Ganske, Ferrari, e, se alguém quiser, pode levar também nossos alquimistas.



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