sábado, 6 de dezembro de 2014

Aventureiro em busca de sensacionalismo


Segundo o prefeito e seus assessores, é isto o que eu sou: “um aventureiro em busca de sensacionalismo” e mais, em relação ao jornal Folha de Corupá, eles dizem que não passa de um “panfletim feito no fundo de quintal”, “mantido com migalhas oriundas de fofocas maldosas”. E mais: sou “inescrupuloso”, “caluniador” e “difamador”, e tenho como único objetivo “esculhambar com a atual administração” e que, portanto, “mereço ser exemplarmente punido”. Esses são alguns dos adjetivos usados pelo prefeito e seus assessores no processo movido contra mim. Tudo bem. Cada um pode achar o que bem entender de mim. O Coni pode até falar mal do meu corte de cabelo. A Alice Maçaneiro pode achar que sou magro demais. O João Imbriani pode não gostar do modo como eu me visto.  A Celita Paterno pode até dizer que tenho mau hálito. Sandro Basso pode me chamar de Débil Mental. Tudo bem. A vida é assim. Mas, uma coisa é preocupante. Todos esses nomes que citei acima, exceto Sandro Basso, e mais os nomes de Denise Henn, Luiz Cieply, Ademar Machado, Diana Seidel, Lane Weidner, Oto Weber, João Gotardi, Adriano Hofmann, Juliano Scandolara, James Hernandez, Walfrido Weber, Jota Luiz, Ana Lúcia Siqueira, Claudete Gabriel, Maria Giraldi, Reginaldo Ropelato, Luciana Signoreli, Leandro Moldenhauer, Júlio Dominoni, Aldo Sell, João Sobrinho, Paulo Ruthes, Jean Marcel, Emanuelle Blunk e Evelia Sell, estão de acordo com uma queixa crime contendo, dentre outras, a seguinte alegação: “...qualquer irregularidade que por ventura venha a surgir decorrente da referida administração, será discutida por pessoas competentes em seus respectivos órgãos...”. Não estou muito familiarizado com termos jurídicos. Expressões como “animus diffamandi vel calumniandi” ainda me são estranhas. Mas a alegação acima eu já consigo compreender. Eles querem dizer que, se o prefeito trapalhão fizer mais uma de suas trapalhadas bizonhas, tal como comercializar bebida alcóolica, a imprensa não deve dizer nada. Devemos esperar que a questão seja discutida “por pessoas competentes em seus respectivos órgãos”. Acho que estou entendendo. Se o Secretário de Obras levar pra casa as lajotas da prefeitura, não devemos noticiar. É isso? Se uma promessa de campanha não for cumprida ou uma prestação de contas vier recheada de irregularidades, caluda, meu bem, caluda?
A audiência está marcada para julho. Manterei vocês informados sobre o desfecho dessa história. Dia desses, vi, em alguns carros na cidade, um adesivo com a seguinte frase: “Deixa o homem trabalhar”. Há alguns meses, nessa coluna, tracei um paralelo entre Coni e Lula. Agora, mais uma característica em comum. Lula usou esse mesmo slogan em sua campanha à reeleição. Estou começando a ficar preocupado. Oxalá as semelhanças parem por aí. Afinal, como vocês sabem, Lula foi reeleito e escapou de todas as CPIs. E por falar em trabalhar: Coni, deixa o Benedito trabalhar!

Nenhum comentário:

Postar um comentário