sábado, 6 de dezembro de 2014

A maior invenção de todos os tempos

Há uns 8 anos, me perguntaram qual era a maior invenção de todos os tempos. Roda? Fogo? Motor à combustão? Eletricidade? Nada. Sem pestanejar, disse que era o chuveiro elétrico. Você já imaginou a vida sem chuveiro elétrico? Não existe felicidade sem chuveiro elétrico. Acho essa invenção tão importante que, para mim, dividiríamos a história em ACE (antes do Chuveiro Elétrico) e DCE (Depois do Chuveiro Elétrico), ao invés de AC (antes de Cristo) e DC (depois de Cristo). O chuveiro elétrico, além da trivial função da higiene, funciona como um oásis para o fatigado. “Tome um banho que melhora”. É um portal para a autoestima. “Vou tomar um banho e já volto”. É um divisor de águas para toda e qualquer ativididade. “Só espera eu tomar um banho e nós já vamos”. Viva o chuveiro elétrico.
 Já hoje, se me fizessem a mesmo pergunta, diria, novamente sem pestanejar – porque pestanejar me parece coisa de quem tem cocoetes - que é a internet. Mas o chuveiro continua ali, em segundíssimo lugar. A internet, assim como a grande maioria das invenções, incluindo o chuveiro elétrico, ganha uma influência bem mais abrangente do que as suposições iniciais de seus criadores. Fiquemos com um exemplo recente, ligado à música. Uma banda curitibana chamada “A banda mais bonita da cidade” existe há 6 anos. Entretanto, devido à internet, a história da banda se transformou radicalmente. A banda postou um vídeo no site youtube, gravado na cidade de Rio Negro, na casa da avó de um dos integrantes, com a música “Oração”. Pronto. Em apenas seis dias, o vídeo teve mais de 2 milhões de visualizações. O bastante para que o telefone dos integrantes não parasse de tocar, e chovesse propostas para shows e, até mesmo, convite de uma gravadora para o lançamento de um disco.
Na internet, até o que parece, a princípio, ir contra, acaba ajudando. Choveram paródias do tal clipe. Eu já vi uns 12. Incluindo um produzido pelo comediante Rafinha Bastos, do CQC da rede Bandeirantes, chamado “A banda mais bonita da internet” e “A banda mais repetitiva da cidade” produzido pelo site “Vida Ordinária”.
Nas décadas de 70 e 80, a busca era pela velocidade física. Os carros chegaram a atingir 200 km/h. O veículo popularizou-se (“qualquer miserável tem um carro hoje em dia” como diz Luiz Carlos Prates) e, hoje, nos centros das grandes cidades, a velocidade média gira em torno dos 40 km/h. O que fazer? Se não podemos acelerar nossos carros, aceleremos o motivo de nossa pressa, isto é, a informação que levávamos.
Todavia, os fenômenos da internet costumam apresentar a mesma velocidade quando ascendem e quando descendem. Mas aí, já é outra história.
Por falar nisso, e pra você, qual a maior invenção de todos os tempos?


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