Levando a vida nas "Baquetas"
Desde que começou a tocar, seu sonho era viver de música. Hoje, isso é uma realidade.
Marcelo Cristiano Guedes nasceu aqui no bairro Bacacheri, na rua Estados Unidos, em 14 de fevereiro de 1977. Estudou na escola Nossa Senhora Meninina e no Leôncio Correia. Chegou a cursar Administração, mas desistiu nos primeiros anos. “O sonho da minha vida, desde pequeno, era viver, exclusivamente, de música” diz ele.
Ainda menino, Marcelo teve contato com a música através de seu avô, que era acordeonista. “Eu devia ter uns 5 ou 6 anos, e via vovô tocando, ficava encantado. Tanto é que, aos 12, comecei a estudar violão. Mas, minha paixão sempre foi a bateria. Naquela época, a bateria era um instrumento caro e minha família não podia me dar” se recorda.
Porém, depois do primeiro encontro “a sós” com o instrumento, a história mudou. “Em frente a minha casa, na rua Estados Unidos, tem uma igreja evangélica. Eu participava, esporadicamente, de alguns eventos. Certa vez, a bateria estava montada no púlpito. Fui até ela, me sentei e, como não havia baquetas, me pus a tocar utilizando os dedos. E saiu um som legal. Desse dia em diante, senti que seria o instrumento da minha vida. Hoje, vejo que eu estava certo” diz.
Depois dessa experiência, Marcelo passou a tocar frequentemente na igreja. Porém, somente no de 1993 é que ele tocaria com sua primeira banda. “Junto com amigos, formamos uma banda de rock que durou apenas uma apresentação” lembra.
Dessa primeira banda até hoje, Marcelo construiu um currículo invejável (ver Box abaixo). “Toquei em centenas de bandas, em diversos estados brasileiros. Foi um tempo de muitas experiências” diz.
Porém, o sonho de viver somente da música continuava latente. “Nessa época, trabalhava na empresa Audi, como soldador e, depois, no sindicato. Mas a vontade de só tocar sempre crescia em mim” diz.
Até que, no ano de 2003, não deu mais pra segurar. “Fiz as contas e descobri que poderia, sim, fazer da bateria minha profissão e viver uma vida confortável, financeiramente, além de fazer algo que eu amo, que é tocar” diz.
Para se manter, Marcelo chegou a tocar 295 vezes em apenas um ano. “Viver de música, no Brasil, não é fácil. Já cheguei a fazer 39 shows em um mês, como freelancer. Fora trabalhar como professor de bateria, aqui em Curitiba e em outras cidades. Apesar de fazer o que gostava, era cansativo” diz.
Hoje, Marcelo está focado em projetos autorais. “No início desse ano, dei um tempo nos trabalhos de freelancer e estou me dedicando a dois projetos autorais. Um de música pop, nacional e internacional, e um de música popular brasileira. Mas agora, e só agora, estou conseguindo fazer algo bem pensado, com tranqüilidade, sem aquela maratona de shows. Nos próximos meses, iremos nos apresentar” diz.
Quando questionado se valeu a pena, ele diz: “Se pudesse voltar, faria a mesma escolha, viver de música. E mais. Teria feito a opção mais cedo. Claro que tentaria não cometer os mesmos mas, faria tudo de novo” .
Mais de 100 bandas no currículo
Diabo Verde, Gezebel, Super Flit, Mordida, O Sebbo,
UP Nóia, Aloha e Big Wilson são algumas das mais
importantes de sua carreira. Além dessas, em seu
currículo estão: 13 bandas de baile, o impressionante
número de 53 duplas sertanejas, 12 bandas de pop,
20 bandas de samba e pagode, 2 gauchescas, 2
latinas, 5 de reggae, trio de jazz, blues e 3 orquestras.
"Acredito que, rer tocado com essa variedade de
bandas e estilos, tenha me dado uma sensiblidade
maior e experiência para conseguir, hoje, realizar o
projeto autoral no qual estou trabalhando. Além de
ter me divertido muito" diz Marcelo.
Um pouco da Argentina no Bacacheri
Bar e Cafeteria Los Argentinos oferece shows de Tango, além de culinária típica
Moradores do Bacacheri, e também de toda a região, agora contam com uma boa pedida para suas noites. Há 6 meses, o bairro conta com um bar temático, comandado por um casal de argentinos apaixonados pelo Brasil.
O casal, de Córdoba, Marcelo Giaconi e Mariel Morales, casados há 25 anos e pais de 3 filhos, estão no Brasil há 5 anos. Marcelo é engenheiro industrial da Renault e, quando veio ao Brasil, a trabalho, resolveu ficar. “Me apaixonei pelo país” diz ele.
Há 6 meses, o casal comanda o Bar Los Argentinos. “É uma maneira de mostrar a cultura do meu país aos brasileiros” diz Marcelo. No local, são servidas bebidas e comida típicas da Argentina. O local serve café da manhã feito por um barista e oferece atendimento internacional. “Os clientes são atendidos em quatro idiomas: português, francês, italiano e espanhol. Estamos preparados para recebermos torcedores de diversos países durante a Copa de 2014” diz ele.
Destaque para os pratos tipicamente argentinos, como: sanduíche de milanesa, Tortilla de Papa (batata) e Choripan com Chimichurri e Ajimolido são alguns deles. "É uma opção diferente para pessoas que gostam de aprender um pouco mais sobre a cultura de outros países" diz Mariel.
A grande atração do bar são os shows de Tango que acontecem às sextas-feiras, a cada 15 dias. “Um casal de argentinos que moram e dão aula no Brasil fazem o show” diz. O próximo show acontece no dia 30 de março e é preciso reservar mesa. O bar fica na rua Fagundes Varela 1361. O telefone é 3363-5415.
Esporte
III Moment Skate Festival e II Game of Skate acontecem hoje (17) na pista do CEL Avelino Vieira, a partir das 9h
Hoje (17) a partir das 9h, acontece, na pista de skate do Eni Caldeira, no Centro de Esporte e Lazer Avelino Vieira, um campeonato de skate. Segundo Rosi Ravedutti, coordenadora do centro e uma das fundadoras da Associação dos Skatistas da Região Norte de Curitiba, esses eventos costumam atrair centenas de pessoas. “Esse é o terceiro campeonato que realizamos aqui, com o apoio de várias empresas e da prefeitura. Como não é cobrada a inscrição, temos, em média, mais de 300 participantes. O objetivo é a inserção do jovem na prática esportiva e a integração com outros jovens” disse.
O evento ocorre a partir das 9h. Mesmo com chuva o evento vai acontecer. “Temos uma quadra coberta aqui no centro. Caso chova, instalaremos os obstáculos na quadra e o campeonato acontece da mesma maneira” disse.
Infraestrutura
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